"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




quinta-feira, 17 de maio de 2012

O que está acontecendo?


Provavelmente você dirá que: uma professora está contando histórias a seus alunos. Está correto, para quem se basear pela imagem plana e estática, porque o que está acontecendo ali é muito mais do que isso. 
Neste dia, a história foi contada num ambiente diferente da sala de aula: a biblioteca, um lugar que estimula a leitura pela variedade de livros e de histórias exibidos nas estantes
Os olhinhos das crianças brilhavam e o pensamento viajava por um universo de imagens e situações.
As interferências eram naturais, porque sentiam necessidade de falar, opinar, relacionar trechos da história com situações semelhantes ou de fazer um breve comentário. A história, por si, já favorece a imaginação, ao mesmo tempo que, sempre apresenta instantes de suspense, amor, compaixão, carinho e até traição, sentimentos estes que frequentemente vivenciamos..
No ano passado realizamos a experiência de contar histórias a alunos adolescentes, eles ficavam assim, iguais às crianças, quietos e pensativos. Divagando pela sala.
Lembrei-me, então, das aulas da professora de Didática da Literatura Infantil, sra. Maria Cristina Lima (in memoriam), que para nos ensinar a metodologia contava histórias às futuras professoras do curso de Magistério. A sala ficava num silêncio prazeroso, os olhares eram direcionados aos seus gestos e a sua fala era o único som. Nossos pensamentos expulsavam as preocupações, os namorados, os planos, tudo. Virávamos crianças, novamente. É como se, de repente, entrássemos num mundo de fantasia, de imaginação. Quando ela terminava de contar a história (infelizmente) nós estávamos em transe, calmas, absolvidas pelas emoções...
E é isso que as histórias fazem... é muito bom sonhar e acordar, encantados. Quem lembra de pedir a mãe, por exemplo, que recontasse aquela história que já sabíamos de cor?
Agora,quer fazer alguém feliz? Seja ela uma criança, um adolescente, um idoso – conte-lhe uma história, leia um livro, narre um fato alegre, engraçado, de final feliz, surpreendente, uma piada, conte coisas boas, faça suspense, declame uma linda poesia,  porque além dela, você também vai ficar imensamente feliz.
  

2 comentários:

  1. Quem lê vive mil vidas. No momento vivo o engenhoso fidalgo Dom Quixote da Mancha.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sugere tuas leituras na página "Li e gostei" do Facebook. Compartilhe!!!

      Excluir

Deixe aqui sua opinião ou comentário.Obrigada!