"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




sábado, 9 de junho de 2012

Sair por aí

Hoje à tarde, meu objetivo era andar um pouco sem me preocupar com a direção. Não iria longe, apenas uma caminhada para apreciar a área urbana. Estava um tarde ensolarada e o tráfego numa das avenidas mais movimentada era tranquilo. 

Andei uns 300 m e avistei o Complexo Hospitalar da Santa Casa de Rio Grande que tem crescido estruturalmente e recebe além dos doentes rio-grandinos    muitos de municípios vizinhos. Resolvi então observar melhor as reformas e a nova estrutura. Está moderno e organizado foi essa a minha constatação. Além da área hospitalar, foi construída uma capela e ao lado dela,  otimizaram o acesso aos Pensionatos Madre Batista e Pedro Bertoni, uma casa de repouso com mais de 80 idosos atendidos por enfermeiros, médico e assistente social.
Por dois anos tive ali meus pais que foram muito bem cuidados e assistidos pelos profissionais dos quais guardo a mais sincera gratidão pelo carinho e atenção que nos dedicaram durante a suas estadas.
Ao me aproximar da porta, imediatamente fui reconhecida pelo gentil porteiro e convidada a entrar. Lá ainda estavam alguns idosos que eu conhecera naquela época. Agachei- me e fui cumprimentá-los,  conversar um pouco. 
Passados alguns minutos,chega uma amiga idosa chamada D.Eródia, que logo me abraçou.


Ela é uma pessoa muito religiosa, é ministra da igreja católica e muito dinâmica.
Com simplicidade e muito bom gosto, logo que chegou montou a salinha para as visitas no final do corredor e o quarto em frente reservou para sua irmã, que hoje é sua vizinha de porta. Explicou-me que a salinha que projetou teve de ser desfeita por uma exigência dos bombeiros para que não haja empecilho na saída de emergência. O seu pequeno "apartamento" tem todo o conforto necessário e um clima aconchegante e simpático.  
Fui, carinhosamente, convidada a lhe acompanhar num delicioso café com biscoitos. Conversamos sobre muitas coisas e trocamos idéias. 
D. Elódia 
Encerramos nosso agradável bate-papo ao receber a visita de uma outra pensionista. Sai de lá com a certeza de que meu passeio seria sem grandes pretensões mas, subitamente, ganhei o dia. 

Rever aqueles idosos, ser recebida com carinho pelos profissionais da Casa e "bater papo" com D. Elódia, uma senhora de bem com a vida: é tudo de bom!  

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