"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




terça-feira, 12 de junho de 2012

Homenagem pelo Dia dos Namorados

Relatos apaixonados:

"Começamos a namorar numa discoteca. Dançamos e ficamos juntos toda a noite, isso em 1977. Na  hora de nos despedirmos ele disse que queria me dar um beijo, mas eu não deixei, porque não queria que pensasse mal de mim.Imagina como ia dar essa "folga" no primeiro encontro. Então, lhe disse: vai ficar só na vontade. Eu é que fiquei na vontade por onze dias. Acho  que me deixou de castigo. Nosso amor é cheio de beijinhos até hoje."   


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"Quando comecei a ter os primeiros encontros com minha esposa(na época, namorada), ainda com dúvidas se queria realmente assumir compromisso. desapareci, mas logo percebi que algo maior dominava o meu sentimento que já era de ficar junto. Foi quando apareci na sua casa e fui recebido pelo seu pai dizendo “não vem mais aqui, nos deixa em paz”. Então pedi desculpas e me retirei de corpo, mas não de coração e  ele percebeu, tanto que lhe disse que eu tinha ido lá. No outro dia, ela me ligou e combinamos um encontro que já dura mais de 34 anos."

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" DOIS ENAMORADOS "



Ele: escriturário de um frigorífico no bairro da Lapa, em São Paulo. Ela: ramo de seguros na Rua Direita, centro de São Paulo. Ambos namoram há 6 meses. É uma história que começou dois anos antes, no ABC paulista. Estudavam na 4ª Série ginasial, na mesma classe. Conheceram-se e ele logo se apaixonou perdidamente por ela. Ela tinha vindo de fora: Santarém-Manaus-São Paulo (era “a moça que veio de longe”) e tudo se apresentava novo para ela. Na sua cabeça meio-menina eram tantas coisas, tantas novidades e amizades que não cabia um namoro. Ele insistia e até mandava bilhetinhos colocando-os escondidos entre as folhas do caderno dela. Cartas e textos romântico-poéticos. Mas ela, influenciada pelas amizades, resistia a essa relação. Passaram-se então dois anos. A turma se dispersou e aí, bateu nela, a saudade dele. Encontrou uma amiga comum entre os dois e perguntou a respeito dele. A guria era vizinha do rapaz e prontificou-se a dar o recado: “Queria tanto vê-lo de novo”. Assim estão agora... Namorando. Ele sai mais cedo do trabalho e passa em frente ao emprego dela e a espera. Logo em seguida saem juntos de mãos dadas e no caminho para o ponto de ônibus, ela observa um esquilinho de pelúcia na vitrine da Doceira Pão de Açúcar, na Praça Clóvis Bevilacqua e comenta com o namoradinho: - Ah, estou apaixonada por aquele alí... É a tua cara! Queria tanto! Todo o dia eu passo aqui e namoro ele... O rapaz desconversou, mudou logo de assunto, até fingiu um certo ciúme. No encontro seguinte, dois dias depois, encontra a mocinha aos prantos... - Compraram o meu esquilinho! Levaram-no de mim... (soluçando). - Calma, dizia o rapaz. Um dia você encontra outro igual. - Não existe igual. Aquele era o único daquela cor. E só tinha naquela vitrine! Nem na loja da Barão de Paranapiacaba encontrei mais! Ela estava inconsolável... Depois de muitos lenços molhados, chegaram a casa. Na casa da Leninha (como ele a chamava). Subiu para tomar banho. Aí, ele chamou a irmã dela a um canto e lhe entregou um embrulho que tinha dentro de sua pasta com a seguinte orientação: Desembrulhe e coloque debaixo do travesseiro dela, assim que ela descer. Mas ponha de maneira que ela perceba ao deitar. Assim fez. Quando desceu para namorar um pouquinho mais, o assunto voltou à tona: O esquilinho desaparecido. Novas lágrimas... Aí, ele, após enxugar o rosto dela - aproveitou a ocasião para argumentar uma saída repentina: - Vou embora... Não há nada que te console... Melhor você dormir e sonhar com ele... Quem sabe algum anjo ouve tuas preces... E saiu. Ela subiu ao quarto soluçando muito... A mãe pensava que estiveram brigando, mas ela explicou o ocorrido e mãe sorriu... - Ele vai dar um jeito de te dar outro igual... Espera. -Deus te ouça, mãe! (snif) Bem... Não preciso contar o final da história... Da feliz surpresa e de como Leninha se emocionou com o gesto do namorado... Cena que jamais esquecerá. A primeira de muitas outras que viriam posteriormente.

O esquilinho até hoje existe... Ruço e roto... 40 anos depois. 

Descrição: https://mail.google.com/mail/images/cleardot.gif
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(Escrito pela seguidora Rosangela Silva ao seu amado Miguel)

Amado

Deus permita
Que eu consiga
Espalhar aos quatro ventos
Desde meu lindo Rincão
Todo o amor que hoje sinto
Dentro do coração

Faço verso, faço prosa
E agora uma canção
Contando a todos os gaúchos
Com muita satisfação
De onde vem a alegria
Que a tempos me contagia.

No meu Rio Grande querido
Numa bela manhã de dezembro
Cumprindo um dever de profissão
Ao dar um abano de engano
Senti uma forte emoção.

Foi nesse momento que percebi
Que encontrara
Aquele que sempre amara
Mesmo que só minha alma soubesse
O amor que me envaidece.

Todo dia face uma prece
E agradeço ao patrão lá de cima
Pelo presente enviado
E fruto da minha rima
Aquele que se tornou
O amor da minha vida!

Ao entoar esses versos
Me emociono
Porque meu coração sem dono
Passou a ser ocupado
Por quem por mim é chamado:
Miguel, meu amado!

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Roupas da moda anos 40
"Na minha época as moças andavam com saias longas até o meio da canela *, era a moda e ninguém usava mais curto do que isto. Mulheres não usavam calças, nem cortavam o cabelo curto.
Um dia, minha namorada agachou-se para pegar algo e sem querer sua saia subiu um pouco e eu pude então ver o seu joelho. Fiquei todo faceiro, por ter tido uma visão mais ousada do seu corpo. Imagina, só!"                  

* canela=osso da parte frontal da perna, abaixo do joelho, chamado: tibia
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Namoro por correspondência:

    " Namorar por cartas era algo tão perigoso como é hoje pela internet. Muitos rapazes enviavam fotos de outros jovens para parecerem mais atraentes e iam envolvendo as moças com palavras bonitas e qualidades que nem sempre correspondiam as suas.  Muitos casais namoravam por muito tempo assim, mas ao se conhecerem tinham uma grande desilusão, então o namoro acabava. Em outros casos, o rapaz já tinha uma namorada e ficava iludindo a outra moça por cartas. 
 Conheço um casal que está junto até hoje e o namoro foi por intermédio de cartas. Para eles, deu certo"

Um comentário:

  1. Um beijo Maria do Carmo. Hoje passei por aqui pelo teu recantinho,que gosto demais. Leitura atualizada... Saudades! Fica com DEUS.

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