"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




domingo, 1 de abril de 2012

Cheguei tarde!


No caminho de casa encontrei uma linda borboleta. Parecia uma pintura. Não quis deixá-la no chão jogada,muito menos numa lixeira, então consegui uma sacolinha e a trouxe protegida.
Pra quê? É não tinha mais vida,mas era muito bela pra ficar ali jogada.
Tenho tantas plantinhas e numa bem verde a coloquei. Se tinha que ficar ao relento que ficasse no lugar que mais combinasse com ela.
Pode parecer delírio, mas na verdade é um carinho especial pela natureza que é tão perfeita e inconfundível. 
Assim são tantas coisas. Assim são as pessoas,os animais, as plantas e até aquele banquinho velho que tenho. Um dia foram importantes. Ainda tem seu valor. Não entendo como, hoje, se descarta tudo com tanta facilidade. Tenho muita dificuldade em me desapegar, para mim tudo é tão bonito, tão interessante. Se eu trocar algo é só para renovar ou experimentar outro diferente, mas isso não significa que aquele não preste mais.
Acho que vou ter que começar a deixar as borboletas pelo caminho... afinal não tenho a arca do Noé e segundo a ciência na "natureza nada se perde, tudo se transforma". Preciso acreditar mais nisso!   

2 comentários:

  1. O blogueira em treinamento: esta borboleta morreu mesmo? Parece que tá viva!

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  2. Morreu mas eu deixei-a assim na planta para ter a ilusão que está borboletiando por ali.

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