"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Espiritualidade

A espiritualidade foi e continua muito intensa na minha vida. Na infância sempre acompanhei minha mãe quando ia à igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo para rezar o terço com um grande escapulário no peito. Foi nesses momentos que aprendi a rezar. Ao mesmo tempo, assisti as reuniões espíritas abertas às crianças e que ocorriam numa casa na mesma quadra.  
Aos doze anos, busquei novamente minha fé no espiritismo, estava angustiada e triste com um problema de saúde do meu pai. Isso não me impediu de ir à igreja e rezar com a mesma fé de sempre. A primeira comunhão não cheguei a realizar, em tempo hábil, por uma má interpretação na fala do padre. O momento certo passou e não ocorreu o sacramento.
Mais tarde, a partir de uma grande amiga entendi o significado religioso do termo "trabalhar" quando assisti a reunião espírita no seu lar pois sua mãe era médium. Dali em diante em todas as oportunidades me fiz presente. 
Aos quinze anos me reaproximei do catolicismo incentivada por um grupo de jovens da Catedral de São Pedro. Fazíamos reuniões, estudávamos a bíblia, cantávamos músicas católicas e contribuíamos com leituras de trechos litúrgicos nas missas de domingo. Época de muita serenidade.
Comecei a namorar e, dois anos após, o nosso casamento foi realizado na igreja do Bonfim sob a benção do padre Décio que, posteriormente, também batizou meus dois filhos.
O trabalho no magistério e o cuidado com a família me ocupou muito e dificultou, por um tempo, a participação em cultos religiosos, mas jamais diminuiu a minha espiritualidade, a minha fé em Deus.
Agora estou aposentada e com os filhos independentes, então recuperei o tempo necessário para a introspecção e as reflexões a respeito da vida.
Nesta busca tenho lido vários livros e continuo muito à vontade para me ajoelhar nos bancos dos templos católicos acompanhada do meu marido. Lá encontro serenidade suficiente para fazer minhas orações de agradecimento e meditar.
Igreja Católica



Casa Espírita 
E ainda nas segundas-feiras vou tranquila às reuniões na Casa Espírita Kardecista "Nova Esperança" no Cassino bem próxima da nossa casa. Lá estudamos a doutrina espírita, discutimos as evidências da vida, assistimos a palestra pública e os passes. Meu marido, algumas vezes, me acompanha. 
Talvez alguns possam nos julgar como pessoas, religiosamente, confusas. Devem pensar também que quem frequenta o kardecismo não pode orar numa igreja católica. Enganam-se. O que nos move é a fé em Deus, no amor, que não está nas imagens religiosas nem nos cultos, mas no coração. 
Uma coisa é certa: "Esteja onde estiver, eleve seu pensamento ao Criador e encontre-se com Ele". Busque o Bem, faça anonimamente a caridade e espalhe a Paz. Isso é tudo. Isso é o essencial.    
     

Um comentário:

  1. Na parte espiritual, não sou dos mais assíduos, nos cultos religiosos, porém não deixo de me fazer presente ora na igreja, ou no centro espirita, sempre com pensamento elevado a "DEUS"

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