"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




sábado, 13 de julho de 2013

Desnecessárias

É impossível não ouvir, numa fila enquanto se aguarda a vez ou numa sala de espera. o que as pessoas são obrigadas a declarar simplesmente para terem direito ao atendimento. Acredito que mostrar o documento de identidade e um comprovante de residência à atendente já deveria ser o bastante para ela preencher seus dados, em silêncio. Quaisquer outras perguntas deviam ser solicitadas e respondidas num lugar reservado junto ao profissional que você está buscando. 
No cotidiano não é isso que acontece. As pessoas precisam dizer (em tom bem alto!) onde moram, quais seus números de telefones, seu estado civil, sua profissão e tantas outras informações pessoais para adiantar a ficha do médico, agendar a visita do técnico, etc.
Lembro de uma amiga, economista, super organizada financeiramente, que não costumava fazer dívidas, mas certa vez resolveu abrir um pequeno crediário e foi bombardeada com várias perguntas em voz alta. Isso a deixou tão indignada que piscou o olho para a filha pequena e,  com exceção dos documentos, deu respostas diferentes. Bagunçou geral, mas provou assim que era possível fazer uma conta no comércio apenas com os dados principais corretos. Ou seja as outras perguntas são especulativas e desnecessárias.

Um comentário:

  1. Depois de tantas perguntas é dado o crédito, mas muitas vezes, o que é importante não foi consultado se realmente a pessoa tem condições de pagar por aquilo que está adquirindo. Por isso o número de inadimplência cresce.

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