"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




terça-feira, 11 de junho de 2013

Namorados e suas recordações

Adaptação da Arte de Lorde Lobo

O dia dos namorados, além de romântico, traz muitas recordações aos casais que estão juntos há muito tempo. Eu e o Paulo "namoramos" há 36 anos e relembrar os momentos mais marcantes é muito bom.
Desta vez vou compartilhar com os amigos uma de nossas histórias. 
Logo que começamos a namorar em 1977, o Paulo foi sorteado num consórcio da Wolkswagem e contemplado com um Fusca -77, amarelinho de placas HA 1347, que eu memorizei rapidinho. Diferente da maioria dos namorados, ele sempre foi muito pontual e na hora combinada de longe eu avistava o fusquinha. 
Ele chegava, estacionava em frente a minha casa e de lá só saia quando ia embora. O carrinho era lindo e tinha aquele cheirinho de novo. É claro que ficávamos loucos para dar umas voltas, mas com um "sogro à moda antiga" isso não era permitido. Simplesmente, meu pai não gostava que eu andasse de carro, sozinha com meu namorado. Lembro-me que dizia: O que os outros vão pensar? 
Era um tempo em que o "tchan" era andar bem encostadinha no namorado, enquanto ele dirigia. Quem olhasse de fora só enxergava duas cabeças coladas que nem "siamesas". Quem lembra disso? 
Para não haver brigas nem discussões, mesmo contrariados, respeitávamos sua opinião. 
Agora, imagine um casal dispondo de um carro e não poder sair juntinho. Hoje é impossível de imaginar, né? Mas é verdade, sim.
Nestas condições, ele vendeu o carro e comprou uma motocicleta Honda, CG 125.  Linda, azul metálica!   
Não adiantou nada. Se eu não devia sair de carro, de moto pior ainda. Gente,  não é mentira, não! Eram outros tempos. 
Namoramos por dois anos e, então, decidimos nos casar. Saímos em "lua de mel" num outro Fusca, também amarelinho, debaixo de um temporal muito forte que deixou toda a região de Candiota, por onde  passávamos, sem luz até o outro dia.  Mas, enfim sós!     

Um comentário:

  1. Este período serviu para nos conhecermos e sabermos que tipo de pessoas nós eramos, então houve uma sintonia atrativa por isto estamos juntos até os dias de hoje. "TE AMO PARA SEMPRE"

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