"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




terça-feira, 20 de setembro de 2016

Triste incógnita

Hoje, 19 de setembro de 2016 foi um dia de reflexão, de dúvidas e de intensa oração.
Nosso vizinho e amigo, um senhor de 80 anos, muito ativo e com saúde preservada em relação a idade, não retornou para casa. Faz 24 horas que os familiares e amigos o procuram. As pessoas nas redes sociais compartilham a triste notícia e pedem a colaboração de todos.
Seu carro foi encontrado numa valeta, sem marcas de violência, mas o nosso amigo, não.
Um vazio.
A sua casa é ao lado da nossa e parece o retrato do "nada".
Ele que vinha cortar a grama, pintar as grades pra ferrugem não corroer, colocar um pote de água para os animais da rua, hoje não veio.
Onde estará essa pessoa do bem?
Cadê aquele senhor gentil que amarrava uma sacola com bombons no portão da nossa casa, agradecendo pelos jornais velhos?
Que sempre passeava com o seu cachorro antes de voltar para à cidade?
Que , muitas vezes, de manhã cedo, até com chuva vinha ao balneário para dar ração ao "Simbad"?
Que, por ser arteiro, subia na árvore e cortava sozinho os galhos que encostavam nos fios elétricos?
Que se mantinha discreto?
Hoje, ninguém sabe dele. A noite já chegou e não temos notícias.
Que nossas orações sejam ouvidas e que onde estiver, nosso velho amigo, seja amparado por Deus.

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