"Caso o cotidiano lhe pareça pobre, não reclame dele,

reclame de si mesmo que não é poeta o bastante

para evocar as suas riquezas."


Rainer Maria Rilke

Cartas a um jovem poeta.Porto Alegre: L&PM,2006.p.26




domingo, 9 de março de 2014

Fim do verão



Aqui no balneário Cassino nos acostumamos com a calmaria nas ruas,  a imensidão da praia , o comércio mais tranquilo, o barulho dos cachorros, o canto dos pássaros e o jeito "zen" dos moradores. Só correm mesmo os trabalhadores para alcançar o ônibus ou os motoristas para se deslocar ao centro da cidade. Ao final do dia, quando retornam colocam os seus chinelos, pegam o chimarrão ou a bicicleta e entram em outra sintonia. Aqui se desfruta daquele estado de espírito que não se consegue mais na cidade. É bom acordar cedo, ao meio-dia, uma sesta à tarde, dormir cedo ou varar a noite, porque o silêncio acompanha isso tudo.
Mas de novembro a março essa tranquilidade dá lugar ao barulho de gente, de motor de carro, freio de caminhão, são os veranistas e turistas que vem pra cá.
Daí, a gente estranha demais.
Tem que esperar passar as festas natalinas, romper o novo ano, depois a festa de Iemanjá e o Carnaval. Tem que ter paciência e tolerância, porque tudo isso passa. Terminado o veraneio, os estudantes retornam às aulas, os trabalhadores aos seus postos e a boa vida cassinense ressurge.
Hoje foi esse dia!
Vendedores ambulantes à beira da praia faziam suas vendas e se despediam. O mar muito sereno com água morna assemelhava-se a uma grande lagoa. As famílias reunidas, as crianças brincando, tudo muito tranquilo parecia encerrar o tempo da folia.
Que venha o outono para harmonizar novamente o nosso Cassino, enquanto assim se mantiver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui sua opinião ou comentário.Obrigada!