Caminhando, a gente
vai longe, mas pedalando, é claro, pode-se ir mais longe ainda. Além do que dá
para carregar muitas coisas: água, petiscos, máquina fotográfica e tudo o que
necessário for. Sem contar que se for recolher o que está jogado nas
ruas é possível montar uma bela coleção de entulhos. Nas nossas pedaladas só trouxemos
uma concha da praia como lembrança e um feixe de carqueja-erva medicinal, mas reconhecemos que é um absurdo o que
encontramos pelo caminho.
Há coisas jogadas que formariam um enxoval pessoal:
camisetas, tênis, calças, casacos, chinelos, bermudas, boné, etc. Se a pessoa
não tiver o que vestir, monta um guarda-roupa completo. Sem falar nos móveis
para casa: escrivaninha, cadeira, sofá, armário ...
Na beira da praia então, é um horror. Época de homenagens à
Iemanjá tem-se à disposição: sabonetes, perfumes, talcos, além dos arranjos de
flores, velas, frutas e doces.As campanhas de conscientização de que o lixo
deixado ali além de poluir o meio ambiente ainda mata a fauna marinha não
surtem o efeito desejado. As pessoas apreciam a beleza da praia, mas depois deixam
suas marcas imundas: garrafas de bebida, sacos plásticos, embalagens de todo o
tipo,... até as fraldas descartáveis e preservativos
masculinos.
Outro dia encontramos restos de demolição:
tijolos,pisos,azulejos. Já vi num blog uma foto que registrava o abandono de um
sofá na beira da praia.
Nos nossos próximos circuitos
ciclísticos pretendo fazer o registro fotográfico de tudo que
se encontra descartado por aí. Aguarde e verá.